
MANAUS, AM — Na tarde desta quinta-feira (18/9), a capital amazonense entrou em ritmo de transformação viária. Sob a batuta do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), gestores, representantes do Sinetram e líderes de cooperativas de transporte se reuniram para alinhar os últimos detalhes da implantação do serviço complementar de mobilidade — uma nova engrenagem que em breve se encaixará na malha do transporte público da cidade.
A ideia? Começar pelas zonas Norte e Leste — regiões onde a demanda por conexões mais ágeis e flexíveis é urgente — e, gradativamente, expandir para outras rotas, todas mapeadas e otimizadas pela equipe operacional do IMMU. O objetivo não é apenas preencher lacunas, mas redesenhar trajetos com inteligência, colocando o usuário no centro das decisões.
Arnaldo Flores, à frente do IMMU, deixou claro: “Não estamos improvisando. Estamos construindo um sistema com alicerces — desde a formalização das cooperativas até a liberação de recursos iniciais de R$ 40 mil por permissionário, via projetos de lei que garantem sustentabilidade e segurança jurídica.” É um incentivo não só financeiro, mas de confiança — um sinal verde para quem quer rodar dentro da lei e com apoio institucional.
O encontro também discutiu modelos de aquisição de veículos: se por cooperativas ou por empreendedores individuais, o foco é garantir frota adequada, bem mantida e preparada para integrar o sistema. E não para por aí: a instalação dos validadores de bilhetagem eletrônica já está em marcha, conforme destacou Fernando Borges, advogado do Sinetram. “Tecnologia a serviço da transparência e da eficiência — o passageiro merece um serviço que funcione, sem surpresas”, afirmou.
Mais do que um novo modal, é o início de um ecossistema de mobilidade mais inclusivo, regulado e cidadão. Manaus não está apenas adicionando ônibus às ruas — está redesenhando sua lógica de deslocamento, com olhos voltados para a organização, fiscalização ativa e, acima de tudo, para quem depende do transporte público todos os dias.


