
MINAS — Um casal de advogados de Belo Horizonte responde a processo movido por uma ex-funcionária de 57 anos. Maria Aparecida da Silva afirma ter trabalhado por 33 anos na residência deles em condições análogas à escravidão, sem receber salário, férias ou qualquer direito trabalhista.
Segundo familiares, Maria Aparecida chegou à capital mineira em 1994, acompanhada da sobrinha, com a promessa de um emprego com carteira assinada. No entanto, a trabalhadora teria recebido apenas alimentação e moradia. Ela também relata maus-tratos, ausência de folgas e proibição de contato com seus parentes.
A sobrinha, Marilene Silva, de 56 anos, contou que perdeu contato com a tia durante todo esse período. O reencontro aconteceu após um AVC sofrido por Maria, quando uma assistente social localizou os familiares no Hospital das Clínicas. Hoje, a sobrinha é responsável por seus cuidados.
Uma vizinha dos advogados confirmou a denúncia e disse que suspeitava das condições de trabalho. Ela ainda relatou que o casal é conhecido por gerar conflitos no condomínio e não pagar as taxas. Os acusados foram procurados, mas não responderam.


