BRASIL — O Exército dos Estados Unidos cancelou o exercício militar conjunto com o Brasil, conhecido como Operação Southern Vanguard 2025, um sinal que acendeu alertas no Ministério da Defesa e nas Forças Armadas brasileiras. A decisão, inédita em anos recentes, foi confirmada oficialmente e é vista como um sério desgaste nas relações de defesa entre os dois países. O evento, que ocorre anualmente e envolve treinamentos táticos no Sul do Brasil com tropas americanas, servia como um importante exercício de interoperabilidade e fortalecimento da parceria estratégica.
A justificativa oficial dos EUA aponta para questões orçamentárias e replanejamento de prioridades globais, mas em Brasília a leitura é mais política: a tensão diplomática provocada por declarações do governo brasileiro sobre temas como a Lei Magnitsky, o papel do STF e a relação com regimes como Rússia e China teria influenciado a decisão. O cancelamento ocorre em um momento delicado, com o Brasil buscando reforçar sua presença internacional e modernizar suas forças.
O Ministério da Defesa recebeu a notícia com preocupação, mas sem surpresa. Fontes militares afirmam que o afastamento gradual já era perceptível desde o início do governo Lula, com menor cooperação em treinamentos de elite e compartilhamento de inteligência. A Operação Southern Vanguard era um dos últimos grandes laços operacionais entre os exércitos.
Ainda não há definição sobre um novo formato de cooperação. O episódio, porém, marca um recuo significativo na parceria de defesa e pode impactar futuras negociações de venda de equipamentos militares e tecnologia de ponta.
