
MANAUS — O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), realizou uma nova avaliação do Índice de Qualidade da Água (IQA) no Rio Tarumã-Açu, em Manaus. A iniciativa integra o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água, Ar e Solos (ProQAS/AM) e tem como foco levantar dados atualizados sobre as condições ambientais de um dos rios mais utilizados para lazer e instalação de flutuantes na região metropolitana.
De acordo com o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, o monitoramento visa oferecer subsídios técnicos para decisões ambientais e de saúde pública. “Cuidar do Tarumã é preservar vidas e ecossistemas”, reforçou.
O gerente de Recursos Hídricos do instituto, Daniel Nava, destacou que os levantamentos vêm sendo realizados há vários anos, e que os dados mais recentes, de 2023, já apontavam para uma queda significativa na qualidade da água — o que motivou a suspensão de novos licenciamentos de flutuantes na área.
Especialistas alertam que a poluição crescente tem tornado vários trechos do rio inadequados para banho, comprometendo a balneabilidade e elevando os riscos à saúde da população.
As análises, que envolvem 164 indicadores ambientais, como níveis de coliformes fecais, pH e oxigênio dissolvido, serão apresentadas publicamente no próximo dia 12 de agosto. A divulgação dos dados será aberta à população. O pesquisador Rafael Lopes reforçou o convite para que a sociedade participe do encontro e contribua para o debate sobre a gestão da bacia do Tarumã-Açu.


