
MATO GROSSO — Três gerações de uma mesma família estão presas, suspeitas de envolvimento em um assassinato que chocou Mato Grosso. Cleusa Bianchini, de 68 anos, seu filho Alessandro Vageti, de 47, e a neta Giovanna Vageti, de 23, são acusados de planejar a morte do advogado José Antônio da Silva, de 65 anos, executado a tiros no quintal de casa, em Nova Ubiratã, no dia 26 de junho.
Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado por uma dívida de R$ 4,5 milhões que Cleusa devia ao advogado, referente a honorários por ações judiciais. Para escapar do pagamento, ela teria contratado, com a ajuda do filho, o pistoleiro Kall Higor Machado, responsável pelo disparo fatal.

Após o crime, Giovanna ligou para a polícia fazendo uma falsa denúncia de maus-tratos a animais na casa da vítima. Ao atender a ocorrência, os militares encontraram o corpo do advogado.
José Antônio já havia relatado ameaças à família e mostrado áudios comprometedores. Apesar do medo, ele se recusava a abandonar as causas que defendia.
A Justiça manteve a prisão temporária dos três suspeitos. Cleusa foi detida em Nobres, e Alessandro e Giovanna, em Sorriso. As ordens foram expedidas pela Vara Única de Nova Ubiratã.
A operação, batizada de Procuração Fatal, apreendeu celulares da família e segue com as investigações para esclarecer todos os detalhes do caso.


