Síndrome respiratória dispara em estados do Norte e preocupa

Febre, tosse seca, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade progressiva para respirar são os principais sintomas da SARS.

SAÚDE — Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) voltaram a crescer entre crianças pequenas no Brasil. O alerta vem da Fiocruz, por meio do Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (31). O aumento está relacionado ao vírus sincicial respiratório, com crescimento registrado no Amazonas, Roraima, Rio Grande do Norte e nova alta no Rio Grande do Sul.

Enquanto a maioria dos estados apresenta queda nas infecções, a situação ainda exige atenção. A redução dos casos de influenza A e do próprio vírus sincicial tem influenciado essa desaceleração em parte do país. No entanto, os números continuam altos.

Atualmente, 20 das 27 unidades federativas estão em níveis de alerta, risco ou alto risco. Entre elas, estão Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás e Maranhão.

Vacinação e prevenção ainda são essenciais

Tatiana Portela, pesquisadora da Fiocruz, reforça a importância da imunização. Segundo ela, manter o esquema vacinal contra influenza e covid-19 atualizado é a forma mais eficaz de evitar agravamentos.

Ela também recomenda o uso de máscaras em locais fechados e com aglomerações, como unidades de saúde.

Idosos também estão vulneráveis

Além das crianças, o boletim aponta crescimento nos casos de SRAG entre idosos no Pará. Desde janeiro de 2025, mais de 145,5 mil notificações foram registradas em todo o país.

Desses casos, 53% deram positivo para algum vírus respiratório:

  • 26% por influenza A
  • 1% por influenza B
  • 46% por vírus sincicial respiratório
  • 23% por rinovírus
  • 7% por covid-19

O cenário reforça a necessidade de vigilância, cuidados preventivos e atenção especial aos grupos mais vulneráveis.