
Um estudo importante da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, mostrou que em 2024 o número de países autoritários (onde o povo tem menos voz) passou o número de democracias: são 91 contra 88. Pela primeira vez em décadas, os governos fechados são maioria. E o pior: 72% da população mundial – ou 3 em cada 4 pessoas – vive nesses regimes. É o maior número desde 1978.
Esses governos autoritários estão concentrados no Oriente Médio, norte da África, Ásia Central e partes da África, enquanto as democracias resistem mais na Europa, América do Norte e alguns pontos da Ásia e América do Sul. Mas mesmo onde ainda há democracia, o perigo cresce.
Dois problemas estão acabando com a liberdade no mundo: primeiro, as mentiras espalhadas na internet (fake news) que confundem as pessoas e ajudam governos autoritários a ficarem no poder. Segundo, a violência política: em 2024, uma a cada quatro eleições no mundo teve crimes graves, como candidatos assassinados no México e tentativas de atentado na Eslováquia e nos EUA.
Isso tudo significa que a liberdade está recuando. E quando a democracia some, os direitos das pessoas vão junto. O relatório é um alerta: o mundo precisa acordar antes que seja tarde.


