
O Brasil abriga a segunda maior reserva de terras raras do mundo, atrás apenas da China. Esses minérios, essenciais para tecnologias limpas e digitais, despertaram o interesse direto dos Estados Unidos. Em meio à disputa geopolítica global, autoridades americanas vêm pressionando por acesso ao subsolo brasileiro.
Apesar da vantagem natural, o país ainda engatinha na cadeia produtiva. A maioria das terras raras é exportada em estado bruto, sem passar por refino ou agregar valor. Enquanto isso, a China domina o beneficiamento e os EUA buscam alternativas para reduzir sua dependência do gigante asiático.
O governo brasileiro reconhece a oportunidade e tem anunciado medidas para fortalecer a indústria local. Entre elas, estão projetos de pesquisa mineral, linhas de financiamento, incentivos à instalação de plantas industriais e mapeamentos geológicos em regiões estratégicas.
Especialistas alertam: o Brasil pode aproveitar a chance de liderar uma nova economia — ou seguir como mero fornecedor de matérias-primas, repetindo um ciclo histórico de perda de valor agregado e dependência externa.


