
SANTO ANTÔNIO DO IÇÁ — A Polícia Civil do Amazonas confirmou investigações sobre o estupro de uma indígena de 29 anos por policiais e um guarda municipal durante nove meses em Santo Antônio do Içá. O caso ocorreu enquanto a vítima estava presa na 53ª Delegacia Interativa.
Em nota oficial, a PC-AM informou que instaurou procedimento administrativo pelo Departamento de Polícia do Interior. A Corregedoria-Geral e a Polícia Militar também abriram investigações paralelas sobre os fatos.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados para não comprometer as investigações em andamento. A Polícia Civil confirmou que o caso tramita sob sigilo judicial.
O caso veio à tona nesta terça-feira (22) através de reportagem do Uol. Segundo o advogado da vítima, ela foi presa 21 dias após dar à luz e mantida em cela mista por mais de nove meses.
A defesa revelou que os abusos sexuais ocorriam diariamente, incluindo estupros coletivos na presença do filho da vítima. Os agentes públicos teriam usado violência, ameaças e se revezavam nos ataques.
Como consequência dos abusos, a indígena desenvolveu doenças graves e depressão. Ela tentou suicídio diversas vezes e atualmente recebe tratamento médico e psicológico especializado.


