
O estado do Amazonas enfrenta uma grave crise socioambiental. Segundo dados mais recentes divulgados pelo governo estadual e confirmados por autoridades federais, 36 municípios amazonenses já foram oficialmente declarados em situação de emergência devido aos impactos das cheias dos rios, secas extremas, queimadas ou combinação de fatores climáticos.
A classificação como “situação de emergência” permite que os municípios acessem recursos federais para medidas de proteção civil, assistência humanitária e recuperação de infraestrutura danificada.
Regiões afetadas: alagamentos e seca atingem comunidades
As áreas mais afetadas estão localizadas tanto na região ribeirinha, onde o nível dos rios ultrapassou marcas históricas, quanto em zonas urbanas e rurais, onde a seca prolongada compromete o acesso à água potável e à produção agrícola.
Segundo relatos de moradores e defesa civil local:
“Comunidades inteiras ficaram isoladas, sem acesso a alimentos, remédios e transporte escolar. A situação é crítica e exige resposta imediata.”
Além disso, há preocupação com o aumento de doenças respiratórias e infecções gastrointestinais devido às más condições sanitárias.
Governo mobiliza recursos e força-tarefa
O Governo do Amazonas, em parceria com a Defesa Civil Nacional, está coordenando uma força-tarefa que envolve:
- Distribuição de cestas básicas e kits de limpeza
- Instalação de barreiras sanitárias e pontos de abastecimento de água
- Deslocamento de equipes médicas e assistência social
Também foi solicitado apoio da Marinha e do Exército para transporte de cargas e resgate de famílias em áreas de difícil acesso.
Números atualizados: 36 municípios em emergência
| Mês | Número de municípios em emergência |
|---|---|
| Abril | 18 |
| Maio | 27 |
| Junho (2025) | 36 |
Esse aumento expressivo demonstra o avanço dos desastres naturais e a necessidade de políticas públicas de longo prazo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Especialistas alertam: cenário pode piorar
Especialistas em clima e meio ambiente afirmam que os eventos climáticos extremos têm se intensificado nos últimos anos, com reflexos diretos sobre a saúde, segurança alimentar e habitação da população.
“Essas situações não são exceções — são parte de um padrão crescente. Precisamos de planejamento urbano, monitoramento contínuo e investimentos em infraestrutura resiliente”, destacou um pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).


