INGLATERRA — Ari Mahmod, condenado à prisão perpétua por ordenar o assassinato de sua sobrinha Banaz Mahmod em um “crime de honra” em 2006, está processando a emissora ITV. O iraquiano alega que um documentário da TV o acusou falsamente de ter permitido o estupro da vítima.
Falando da prisão na Inglaterra, Mahmod, de 69 anos, afirmou ao “Sun” que, em sua cultura, o assassinato é visto como “normal” após cumprir a pena. No entanto, ele insiste que a acusação de estupro em seu nome “destruiu” sua reputação na comunidade islâmica, onde tal crime é considerado “o nível mais alto”. Ele nega qualquer autorização para a violência sexual contra a sobrinha.
O Caso Banaz Mahmod e as Condenações
Banaz Mahmod, de 20 anos, foi vítima do crime após deixar um casamento arranjado, alegando abusos, e iniciar um relacionamento com outro homem, o que foi considerado uma “vergonha” para a família. Apesar de cinco denúncias à polícia antes de seu desaparecimento, nenhuma medida foi tomada.
A jovem foi brutalmente violentada e estrangulada na casa da família em Londres, e seu corpo foi escondido em Birmingham. O pai, o tio (Ari Mahmod) e outros parentes foram acusados. Ari Mahmod foi condenado a pelo menos 23 anos de prisão. O pai de Banaz e outros primos também foram condenados por participação no assassinato.
