MANAUS, AM — A rotina de uma creche particular no coração do Dom Pedro, em Manaus, foi abruptamente interrompida por um vídeo perturbador que rapidamente se espalhou pelas redes sociais. As imagens revelam um tratamento desrespeitoso e potencialmente prejudicial a uma criança de apenas 11 meses, gerando forte comoção e indignação na comunidade.
As câmeras de segurança da unidade educacional registraram o exato momento em que a diretora da instituição agarra o braço da bebê e a conduz de forma ríspida para fora da sala de atividades. O incidente, ocorrido na última terça-feira (22), acendeu um alerta sobre as práticas de cuidado infantil e desencadeou uma investigação formal pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
A mãe da criança descreveu o impacto avassalador ao confrontar as cenas. “Meu coração simplesmente paralisou ao ver aquilo. Foi um choque tão grande que a princípio não consegui reagir”, relatou, ainda emocionada. “Imediatamente pedimos ao meu marido que enviasse o vídeo para a escola, pois precisávamos de respostas urgentes. Largamos tudo no trabalho e corremos para lá”.
A expectativa dos pais por um esclarecimento da direção da creche se frustrou diante da postura da diretora. “Chegamos lá abalados, mas buscando entender, e ela sequer nos deu atenção. Nosso único desejo era tirar nossa filha daquele lugar. Hoje ela está a salvo, e nossa prioridade é garantir que essa agressão não fique impune”, declarou a mãe, ecoando o sentimento de revolta.
O pai da bebê compartilhou a intensidade de sua reação ao assistir ao vídeo. “No trabalho, as imagens me deixaram estático. Pedi dispensa e em menos de 15 minutos estava na porta da creche. A atitude da diretora ao me receber foi como se nada tivesse acontecido, chamando-me de ‘paizinho’ com uma naturalidade chocante. Essa frieza só aumentou minha indignação”.
Segundo o relato do pai, a angústia da filha durante uma atividade com luzes apagadas e lanterna foi o gatilho para a ação da diretora. “Ela estava claramente assustada. Em vez de acolhê-la, a gestora a puxou pelo braço com violência e a colocou para fora da sala. Essa atitude negligente poderia ter causado ferimentos. No dia seguinte, recebemos um áudio da diretora, mas sem nenhum pedido de desculpas, apenas menções a uma possível indenização. Isso só inflamou ainda mais nossa indignação”.
A Polícia Civil do Amazonas, por meio de sua assessoria, comunicou que a Depca já está conduzindo as investigações necessárias para elucidar o caso. Informações detalhadas sobre o andamento das diligências não foram divulgadas, visando preservar a integridade do processo investigativo. A sociedade manauara aguarda os resultados dessa apuração, na esperança de que a justiça seja feita em nome da pequena vítima.
