
EUA — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (3) a suspensão imediata de toda a ajuda militar à Ucrânia. A decisão foi confirmada por um funcionário da Casa Branca, que destacou o compromisso do governo em revisar os recursos destinados ao país para garantir que estejam alinhados com os objetivos de paz.
“O presidente está focado em alcançar uma solução pacífica e precisa que nossos parceiros também estejam comprometidos com esse objetivo. Estamos pausando e revisando nossa ajuda para assegurar que ela contribua efetivamente para uma solução”, afirmou o funcionário sob condição de anonimato.
A medida ocorre após um confronto acalorado entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na última sexta-feira (28), durante encontro na Casa Branca. Na ocasião, Trump criticou Zelensky por ser “ingrato” pelo apoio financeiro e militar oferecido pelos EUA desde o início da guerra contra a Rússia. Nesta segunda-feira, o presidente americano reiterou suas críticas ao líder ucraniano em uma publicação no Truth Social, respondendo a declarações de Zelensky sobre o fim do conflito estar “muito, muito distante”.
“Esta é a pior declaração que poderia ter sido feita por Zelenskyy, e a América não vai tolerar isso por muito mais tempo!”, escreveu Trump, utilizando grafia alternativa para o nome do presidente ucraniano.
Apesar das tensões, Trump indicou que um acordo para explorar os minerais da Ucrânia com investimentos americanos ainda pode avançar. Durante entrevista na Casa Branca, ele descreveu a proposta como um “ótimo negócio para nós” e prometeu fornecer atualizações sobre o tema em um discurso programado para esta terça-feira (4), em sessão conjunta do Congresso. O governo americano vê o acordo como uma oportunidade de recuperar parte dos bilhões de dólares investidos na Ucrânia nos últimos três anos.
Até o momento, o gabinete de Zelensky não se manifestou oficialmente sobre a suspensão da ajuda militar ou as críticas de Trump. Enquanto isso, líderes europeus continuam discutindo propostas para uma possível trégua no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
A decisão de Trump reflete uma mudança significativa na política externa dos EUA em relação à Ucrânia, marcada por uma postura mais conciliatória com Moscou desde o início de sua gestão em janeiro.


