Parintins (AM) — Uma decisão do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) colocou um ponto de interrogação sobre a realização do 58º Festival Folclórico de Parintins, marcado para junho de 2025. O conselheiro Fabian Barbosa determinou, na segunda-feira (5/08), a suspensão de todas as tratativas para a organização do evento, incluindo o repasse de recursos públicos.
A medida cautelar foi tomada após o Ministério Público de Contas (MPC) apresentar uma representação, alegando a possibilidade de irregularidades na edição deste ano do festival e apontando indícios de que as mesmas práticas ilícitas poderiam se repetir em 2025.
Uma das principais preocupações do TCE-AM é a venda antecipada de ingressos, hospedagens e pacotes turísticos para o festival do próximo ano. Segundo o conselheiro Barbosa, essa prática demonstra uma organização prévia do evento sem o devido acompanhamento e controle por parte dos órgãos públicos.
A decisão do TCE-AM também questiona a participação da empresa Amazon Best na comercialização dos ingressos do festival. O conselheiro considera que a empresa não possui a devida legitimidade para explorar comercialmente um evento de tamanha magnitude e importância cultural.
O prefeito de Parintins, Bi Garcia (PSD), a sócia-administradora da Amazon Best, Geyna Brelaz da Silva, os presidentes das agremiações Garantido e Caprichoso, além de outras entidades envolvidas com o festival, são alvo da investigação do TCE-AM.
A suspensão das tratativas para a realização do Festival de Parintins de 2025 gerou grande repercussão em todo o Amazonas. A decisão do TCE-AM coloca em xeque a realização do maior evento folclórico do estado e levanta questionamentos sobre a transparência e a gestão dos recursos públicos destinados à cultura.
O que está em jogo?
A suspensão das atividades preparatórias para o Festival de Parintins de 2025 coloca em risco um dos maiores eventos culturais do Brasil. Além do impacto econômico para a região, a interrupção do festival representa uma perda cultural imensurável para o povo amazonense.
A investigação do TCE-AM busca apurar possíveis irregularidades na organização do evento e garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma transparente e eficiente. A decisão do conselheiro Fabian Barbosa demonstra a importância de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e combater a corrupção.
E agora?
A suspensão das tratativas para a realização do Festival de Parintins de 2025 é apenas o primeiro passo da investigação. O TCE-AM deverá aprofundar a análise das denúncias e apresentar um relatório final com as conclusões da auditoria.
Enquanto isso, a população amazonense aguarda ansiosamente por mais informações sobre o futuro do festival. A expectativa é que a investigação seja concluída o mais rápido possível, para que se possa tomar uma decisão definitiva sobre a realização do evento em 2025.