SÃO PAULO/SP — Os brasileiros atingiram, neste domingo (21), a marca de R$ 2 trilhões em impostos pagos ao governo em 2024, segundo dados do “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O valor representa o total de taxas, contribuições e impostos arrecadados pela União, estados e municípios desde o início do ano.
Apesar do recorde, o montante ainda não foi suficiente para cobrir as despesas públicas. No mês de maio, por exemplo, o governo federal registrou um rombo de R$ 61 bilhões nas contas públicas, mesmo com uma arrecadação oficial de quase R$ 203 bilhões.
De acordo com a ACSP, os principais tributos que contribuíram para o montante recorde foram o Imposto de Importação, o Imposto de Renda e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Para alcançar a marca de R$ 2 trilhões em impostos pagos, o cidadão brasileiro precisou trabalhar, em média, 149 dias no ano. Entre os estados, São Paulo foi o que mais contribuiu para a arrecadação, com mais de R$ 715 bilhões pagos, o que representa 37,4% do total nacional.
Os dados do Impostômetro servem como um alerta para a alta carga tributária no Brasil, que, segundo especialistas, é um dos principais entraves ao desenvolvimento econômico do país. A ACSP defende medidas para simplificar o sistema tributário e reduzir a burocracia, além de investir na qualidade dos serviços públicos oferecidos à população.
