
Em um enredo digno de um thriller, a história de Horácio Rosendo de Araújo Neto, condenado por matar a esposa grávida, Vanessa Camargo, com um tiro na cabeça, em uma estrada de terra, na frente do filho, em Iporá (GO), ganhou um capítulo final sangrento e surreal.
Em 2017, Horácio tentou simular um assalto para encobrir o crime, mas a farsa não convenceu a polícia. Em 2020, ele foi condenado a 29 anos de prisão, mas a justiça brasileira, em sua complexa morosidade, concedeu-lhe liberdade após apenas uma semana.
Solto e consumido pela fúria e ressentimento, Horácio dirigiu-se a uma loja onde sua ex-sogra, Nilva Camargo Soares, de 55 anos, avó que agora tem a guarda do filho do casal, estava presente. Sem hesitar, ele efetuou cinco disparos contra a mulher, que por um milagre sobreviveu e se recupera em casa.
Após a tentativa de homicídio, Horácio fugiu, mas foi perseguido e morto em confronto com a Polícia Militar. O delegado responsável pelo caso não tem dúvidas: a ação foi premeditada. “Ele utilizou um veículo alugado e até mesmo deixou cartas para seus familiares”, revelou.
Com a morte de Horácio, os dois processos contra ele são arquivados, mas a dor da família de Vanessa e o trauma do filho do casal jamais serão apagados. A saga macabra de Horácio termina com um saldo de três vidas dilaceradas e um rastro de perguntas sem respostas.