Na manhã desta segunda-feira (16), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado David Almeida (PSB), disse que vai acionar a justiça por matéria caluniosa publicada em veículo local, incentivada pelos velhos caciques da política.
Durante coletiva à imprensa, David, que foi o primeiro a lançar o seu nome como pré-candidato ao governo do Amazonas, afirmou que as matérias veiculadas no domingo e na segunda-feira, são pagas com dinheiro público a partir de patrocínio do atual governador. “Há algum tempo venho sendo vítima de ataques para tentar confundir a opinião pública”, afirmou.
O deputado lembrou que há dois meses, o governador Amazonino Mendes falou que iria divulgar um grande rombo, “uma bomba”. “Segundo ele, feito durante a minha gestão interina no ano passado. Poucos dias depois, um site de Manaus divulgou notícia mentirosa – que foi requentada e voltou a ser manchete de um jornal impresso neste fim de semana”, salientou.
Depois da divulgação da “bomba”, em maio deste ano, David disse que o ex-titular da Superintendência de Habitação do Estado do Amazonas (Suhab-AM), coronel Nilson Cardoso, foi à Aleam esclarecer o ocorrido. Ele explicou na tribuna que se tratava de um contrato de risco com a empresa e que ela só receberia qualquer honorário caso a Caixa Econômica Federal entendesse que o Estado tivesse direito aos créditos imobiliários devidos desde 1967.
Cardoso ressaltou que esses valores são frutos de seguros imobiliários na ordem de R$ 55 milhões, que não foram descontados para o Amazonas desde 1967 e que corrigidos até 2017, renderiam R$ 27 bilhões ao Amazonas. Pelo contrato de risco, a empresa teria direito a 20% do volume de recursos recuperado.
David, que foi governo interino do Estado – de maio a outubro do ano passado -, afirmou que não existiu “rombo”, muito menos desvio, porque os créditos imobiliários nem chegaram a ser liberados pela Caixa. Ele disse ainda que o contrato, em momento algum teve a participação do governador. “A Suhab é uma autarquia, logo, ela tem autonomia para gerir as suas ações e o contrato com a referida empresa tem total responsabilidade da Suhab e da sua procuradoria”, disse.
Sobre a publicação, David assegurou que se trata de uma peça de uma campanha difamatória, o que deixa bem claro a prática de crime eleitoral. “Nos próximos dias nós vamos ajuizar uma ação contra este veículo de comunicação (queixa crime com pedido de indenização) na Justiça Comum e na Justiça Eleitoral (uma ação do uso indevido dos meios de comunicação social), uma vez que esse material divulgado não tem nada de verdadeiro”, afirmou.
Questionado sobre as motivações para intensificação dos ataques contra ele, David afirmou que recentemente, a Aleam aprovou um Decreto Legislativo que tornou sem efeito uma portaria do Detran-AM, que mantinha exclusividade de inspeção veicular no Amazonas. “Coincidentemente, em seguida, manchetes caluniosas são requentadas e divulgadas em determinados veículos”, disse.