O presidente Jair Bolsonaro (PL) condenou, nesta sexta-feira (30/12), a tentativa de ato terrorista, ocorrida em Brasília no último dia 24 de dezembro. A declaração foi feita durante pronunciamento às vésperas de o atual mandatário do país deixar o comando da Presidência da República.
É a primeira vez em semanas que Bolsonaro se manifesta após semanas de silêncio. Desde que foi derrotado nas eleições deste ano, ele adotou uma agenda reclusa, com poucos compromissos oficiais e raras aparições públicas.
Na live, o presidente disse que a ameaça “não se justifica”, mas criticou a imprensa por identificar o homem preso como “bolsonarista”.
Em 24 de dezembro, um caminhão estava próximo ao aeroporto de Brasília quando a polícia foi avisada sobre a presença de um artefato explosivo, que depois foi detonado. No sábado, o bolsonarista e empresário George Washignton de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso por envolvimento no esquema.
“Nada justifica, aqui em Brasília, essa tentativa de ato terrorista ali na região do aeroporto. Nada justifica. O elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com um cidadão. Massifica, em cima do cara, como ‘bolsonarista’ o tempo todo”, disse o presidente.
Em depoimento, George disse que veio para a capital federal “preparado para guerra” e que aguardava uma “convocação do Exército”, pois era um “defensor da liberdade”. O Metrópoles revelou que um colega do empresário afirmou em um grupo de WhatsApp sobre as intenções de George ao viajar para Brasília, em novembro.
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