Nesta quinta-feira (31), feriado de Corpus Christi, a capital amazonense amanheceu com 100% da frota dos ônibus paralisada e, am função disso, a Prefeitura liberou a circulação dos alternativos.
Tudo isso acontece após a rodada de negociações entre a classe patronal e de trabalhadores do setor não ter chegado a um acordo. Enquanto isso, a população de Manaus vai sofrendo os resultados deste impasse enfrentando horas de espera por um transporte de alto preço e qualidade questionável.
Atualmente as nove concessionárias que operam o transporte coletivo de Manaus transportam, em média, 750 mil passageiros em 229 linhas.
O prefeito Arthur Neto afirmou que irá entrar na Justiça do Trabalho para reverter a situação. “Dei todas as chances de acordo aos dois e como não houve definição, eu vou cumprir aquilo que ontem eu disse que iria fazer. Vamos ingressar com duas ações civis públicas contra as duas partes, responsabilizando o sindicato dos trabalhadores e o sindicato dos empresários”, afirmou.
“Não houve negociação. O Sinetram fez uma proposta imoral que afronta os trabalhadores afirmando que não tem lucro. Eles têm lucro sim e não pagam porque não querem. A greve continua”, disse Gilvancir Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários.
Por sua vez, o presidente do Sinetram, Algacir Gurgaz, informou que o acordo está próximo. “Eles pediram 6,5 %, porém pediram para junho. Nós pedimos um prazo para julho e agosto. O que dificultou foram as datas. Pois queremos assumir um compromisso e conseguir pagar, esse é o grande problema das empresas”, explicou.