O técnico de enfermagem, acusado de estuprar e dopar uma grávida de cinco meses no Hospital Regional José Mendes, foi afastado das funções na unidade de saúde de Itacoatiara (distante a 270 quilômetros de Manaus). A vítima de 24 anos denunciou o abuso sexual, logo após perceber o que tinha acontecido.
Em nota, a direção do Hospital Regional José Mendes informou que já solicitou a instalação de processo ético-disciplinar junto ao Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas (Coren-AM).
A unidade de saúde ainda informou que já entrou com outras medidas para apuração da denúncia e já está oferecendo suporte psicológico, de serviço social e de atendimento de saúde para a gestante.
De acordo com a vítima, em conversa com outras funcionárias do hospital, ela descobriu que não é a primeira vítima do estuprador e que o homem já cometeu outras atitudes da natureza, e responde a outros processos.
DPE dar assistência à grávida
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) informou que já está dando assistência a vítima da violência sexual.
A DPE-AM requisitou do hospital sobre a denúncia de que um técnico de enfermagem cometeu o crime contra a gestante. Além das informações requisitadas, a equipe do Polo do Médio Amazonas acompanha a apuração do caso e tomará medidas em âmbito individual e coletivo, a fim de evitar novos casos desse tipo de violência.
A DPE-AM acionou o serviço de atendimento à mulher vítima de violência, que funciona na Casa de Maria e conta com psicóloga, e também prestará atendimento jurídico à vítima de violência sexual.
Relembre o caso
Na segunda-feira (25), a jovem de 24 anos, que está grávida de cinco meses, foi dopada e abusada sexualmente pelo técnico de enfermagem que a estava atendendo após ir ao hospital para buscar tratamento de uma dor no estômago.
Os momentos de terror foram relatados pela vítima a um portal de Itacoatiara. Emocionada, ela conta que o abusador aplicou uma medicação que a deixou inconsciente.
Por estar sentindo fortes dores nas partes íntimas, começou a despertar. Quando abriu os olhos, se deparou com a cena do homem com as mãos em sua vagina.
Além de deixar marcas de chupão no seio da gestante, ele ainda fez o mesmo nas nádegas da vítima.
Ela reconheceu ele e ficou novamente inconsciente. Quando acordou, ela informou para a enfermeira o que tinha acontecido e ligou para a mãe, que foi ao hospital atrás do homem. No entanto, ele já tinha ido embora do local.
Chorando, a vítima contou que o diretor do hospital foi acionado e mostrou fotos dos profissionais do local. Ela reconheceu o abusador e o gestor afirmou que ele será afastado, pedindo para que a gestante não divulgasse o que aconteceu para não manchar a imagem do hospital.
A vítima procurou a delegacia e registrou o caso. Ela passou por exames de corpo de delito, que comprovaram o estupro, mas o acusado ainda não foi preso.
As informações são do Em Tempo.