O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) pediu, na manhã desta terça-feira (23), que o Governo do Estado abra diálogo com o empresário coreano Sung Un Song, que comprou à vista, por R$ 3, 78 milhões, a sede do Atlético Rio Negro Clube, para saber quais os planos do novo proprietário para o imóvel.
Sung Un Song é dono da empresa Digitron, estabelecida no Polo Industrial de Manaus (PIM), e administrador do hotel Tropical Business.
O líder do PSB na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) destacou que o empresário carrega o mérito de, no momento em que Nokia e Microsoft abandonaram o projeto da Fundação Matias Machline, ter intermediado e preservado a instituição.
“Eu estou imaginando que o objetivo dele de comprar a sede do Atlético Rio Negro Clube é transformar aquilo na sede social, esportiva e de lazer da Fundação Matias Machline. Se for isso, melhor. Agora, existem outras pessoas que acham que ele comprou aquilo para especulação imobiliária. E eu não quero acreditar nessa versão, porque quem teve o gesto bonito de não deixar a Fundação Matias Machline morrer, não pode fazer isso com a terra que o acolheu”, avaliou Serafim ao lembrar que Sung Un Song recebeu o Título de Cidadão do Amazonas, por propositura da então deputada estadual Alessandra Campêlo.
Caso esse seja o projeto do empresário, o deputado propôs que o Governo do Estado desaproprie para preservar a sede do Rio Negro Clube.
“Faço meu apelo para que o governo estabeleça o canal de comunicação através da Secretaria de Planejamento, da Casa Civil, contato com o Sung Un Song, contato com a Digitron, para que exista um diálogo fraterno, sincero. Todos nós fomos sacudidos com a notícia do leilão da sede do Rio Negro Clube. Eu sou nacionalino, todo mundo sabe, mas fiquei muito preocupado porque Nacional e Rio Negro não existem um sem o outro e eles são a vida da cidade, com mais de 100 anos de existência”, concluiu o político.