MANAUS – A farinha amazonense é conhecida por ser um alimento indispensável no prato das famílias da região Norte. Além de seu alto valor energético, a farinha de mandioca (Manihot esculenta) também é responsável por movimentar quase R$ 4,5 milhões nas Unidades de Conservação (UC) do Estado do Amazonas – gerando emprego e renda para quase 2 mil famílias ribeirinhas. Os dados são da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), referentes ao ano de 2018.
O fomento às cadeias produtivas do Amazonas fortalece a geração de renda nas unidades de conservação do Estado. De acordo com o levantamento feito pela secretaria, entre os produtos agroextrativistas, a mandioca é a campeã do montante total arrecadado com a comercialização de mercadorias em UC, respondendo por 26% de todo Estado, o equivalente a R$ 4.403.940,00.
Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, a Sema trabalha com ações de fortalecimento dos processos de gestão e produção agroextrativista nas unidades de conservação. ”Um dos compromissos que a Sema assumiu é o de apoiar a geração de renda sustentável para as comunidades do estado. O resultado desse esforço está refletido, por exemplo, na cadeia produtiva da farinha”, destacou.
O estudo levantou a produção em nove unidades de conservação estaduais na área de atuação do Projeto Prevenção e Combate ao Desmatamento e Conservação da Floresta Tropical no Estado do Amazonas (Profloram), uma cooperação Financeira Brasil/Alemanha do Banco Alemão de Desenvolvimento KfW com o Governo do Amazonas. São as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Amapá, RDS do Rio Madeira, RDS do Juma, Floresta Estadual (FLOE) Tapauá, Reserva Extrativista (Resex) Canutama, RDS Piagaçu-Purus, Floresta Estadual de Maués, FLOE Canutama e RDS Matupiri.
A farinha é um dos símbolos da região Norte e um forte produto de comercialização no estado. De acordo com o levantamento, a RDS do Rio Amapá, localizada no município de Manicoré, é a líder na comercialização do produto, com R$ 5.029,55 de renda por família na área protegida.
Aumento das sacas – A grande concentração de produção de farinha evidencia o sucesso do manejo sustentável da farinha no rio Madeira. A quantidade de sacas produzidas em 2018 variou entre 500 unidades na RDS do Matupiri a até 7.221 sacas produzidas na RDS do Rio Amapá, em um total de 31.589 sacas produzidas durante todo o ano.