84% dos indígenas Yanomamis estão contaminados por mercúrio, segundo Fiocruz

RORAIMA — A contaminação por mercúrio atinge quase toda a população das nove aldeias yanomamis do Alto Rio Mucajaí, em Roraima. A pesquisa da Fiocruz, realizada em 2022, revela um cenário alarmante: 84% dos indígenas apresentam níveis de mercúrio acima do limite seguro, com graves impactos à saúde, especialmente em crianças e gestantes.

O garimpo ilegal

O vilão da história. O uso desenfreado de mercúrio na separação do ouro contamina rios, peixes e outros animais consumidos pelos yanomamis, envenenando-os lentamente.

Consequências devastadoras

Perda de memória, dificuldade de raciocínio, problemas motores, distúrbios sensoriais, insônia, ansiedade, doenças como Parkinson e Alzheimer são apenas alguns dos pesadelos causados pelo mercúrio. Crianças e mulheres em idade fértil são as mais vulneráveis, com riscos de má formação fetal, aborto, problemas no desenvolvimento e até morte.

Um futuro roubado

A contaminação por mercúrio não se limita aos corpos dos yanomamis. A terra, a água, os animais, a cultura e a vida como um todo são envenenadas pelo garimpo ilegal.

Um chamado à ação

É urgente interromper o garimpo, desintrusar os invasores e garantir a saúde dos yanomamis. Ações em saúde, monitoramento ambiental, apoio à população indígena e mobilização da sociedade civil são essenciais para salvar o povo yanomami e a Amazônia.

A hora é agora

A vida dos yanomamis e o futuro da Amazônia dependem de ações imediatas e contundentes. É hora de dizer basta à contaminação por mercúrio e defender a vida em sua forma mais pura.