
Há exatos 80 anos, em 1945, o relógio marcava 8h15 da manhã quando o céu de Hiroshima foi rasgado por uma luz intensa. Em segundos, a cidade virou cinzas. Três dias depois, Nagasaki viveria o mesmo horror. O mundo conhecia, pela primeira vez, o poder destrutivo de uma bomba atômica.
Passadas oito décadas, as marcas ainda permanecem. Não apenas nos prédios reconstruídos ou nos parques memoriais, mas nas histórias contadas por quem sobreviveu e nas cicatrizes de um planeta que aprendeu, à força, o preço da guerra.
Mais de 200 mil vidas foram perdidas. Milhares de famílias despedaçadas. E uma geração inteira marcada pela radiação, pelas doenças, pelo silêncio.
Hoje, Hiroshima e Nagasaki são cidades de paz, mas também de lembrança. Elas existem para não nos deixar esquecer. Para lembrar que a tecnologia, sem ética, pode se voltar contra nós.
No momento em que o mundo enfrenta novas tensões geopolíticas, a memória dos bombardeios serve de alerta: o futuro depende da escolha que fazemos com o poder que temos nas mãos.


