A novela parece ter chegado ao fim: por decisão do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal, o empresário Raul Schmidt, investigado na Lava Jato, não será mais extraditado para o Brasil, segundo confirmou agora há pouco o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que faz a sua defesa.
“A decisão do Supremo foi fortíssima”, disse o criminalista, que estava em Lisboa na sexta-feira (18) quando o Tribunal da Relação, contrariando decisão do Supremo, mandou prender e extraditar o brasileiro que conseguiu status de português nato. Kakay ingressou então com uma petição para que o Supremo se pronunciasse sobre o assunto, o que foi feito nesta quinta-feira (24).
A codição de portguês nato garantiu a permanência de Schmidt em solo português, na medida em que a constituição daquele País, a exemplo da brasileira, não permite a extradição de cidadãos natos.
A extradição foi concedida quando Raul Schmidt era considerado apenas português naturalizado, mas o governo brasileiro perdeu o prazo de 45 dias para efetivar a extradição, retirando o acusado do país. Por essa razão, Kakay acredita que mesmo o Brasil ingressando com novo pedido, a extradição não será considerada porque, afinal, trata-se de um português nato. “Acho que, desta vez, essa novela vai chegar ao fim”, afirmou o advogado. Fonte: Diário do Poder