Acusado de participar de um esquema que teria movimentado R$ 1 bilhão no mercado negro de dólar, René Maurício Loeb deixou o Brasil em um cruzeiro de luxo da companhia italiana MSC em 8 de abril, 20 dias antes da deflagração da operação “Câmbio, Desligo”.
Advogados do doleiro confirmaram a viagem ao G1, mas justificaram que ela se deu por conta de graves problemas de saúde de Loeb. Afirmaram também que ele deixou o Brasil para buscar tratamentos em outro país, sem saber que o Ministério Público Federal deflagaria um operação 20 dias depois da viagem. Ainda de acordo com a defesa, viagens por via aérea a pessoas com a doença não são recomendadas.
Laudos médicos anexados ao processo confirmam a ocorrência de uma fibrose pulmonar idiopática.
O MPF, no entanto, questiona o fato de o doleiro ter escolhido se fixar na Alemanha, onde é cidadão, e afirma que o país não oferece tratamentos que não poderiam ser feitos no Brasil. Diz também estranhar o fato de uma pessoa com doença tão grave ter deixado o país em um cruzeiro comercial, sem o aparato necessário para os cuidados médicos.
(Com Notícias ao Minuto)